É muito estranha a forma como a comunicação social vem tratando as alegadas deploráveis acções pedófilas, por parte de elementos do clero católico a nível mundial, e muito infeliz a tentativa de explicação, por parte de alguns dignitários do Vaticano, de que seriam as tendências homossexuais desses elementos do clero, que os levariam a tomar essas reprováveis atitudes pedófilas, o que veio atear uma fogueira desnecessária com o lobby gay, onde se incluem já assumidamente muitos católicos… Aliás essa posição é contrariada por ex-padres que hoje estão regularmente casados e que são de opinião, de que o celibato imposto aos padres pela hierarquia do Vaticano e não por qualquer dogma da fé católica, esse sim poderá levar, em limite de frustração, a essas reprováveis e hediondas atitudes.
Catarina Vaz Pinto e António Guterres
O livro “Vaticano 2035”, já publicado em 2006, trata com propriedade o celibato do clero, mesmo que de forma ficcionada.
Neste tempo em que perpassa pela sociedade portuguesa a diversos níveis enormes perplexidades, todos os momentos em que são enaltecidos desempenhos de relevo a nível mundial, merecem-nos ponderada apreciação.
Gostaria de destacar a noticia de hoje, em quase todos os jornais nacionais, de que António Guterres, actual Alto-Comissário da ONU para os Refugiados, deverá ser reconduzido nesse cargo por proposta do actual Secretário-Geral das Nações Unidas, faltando para tal a ratificação dos 192 membros da ONU, mas o simples facto de ter sido indigitado, para um segundo mandato, é já o reconhecimento do excelente trabalho desenvolvido à frente do Alto-Comissariado para os Refugiados, onde empenha a sua natural e reconhecida predisposição para atender à desgraça dessas comunidades flageladas pela ambição dos senhores da guerra ou que, pelos mais diversos motivos, se vêem obrigadas a deixar as suas casas e terras de origem, em zonas do globo que tardam em encontrar uma desejada e necessária estabilidade político-governativa. Também em reconhecimento da sua nobre e exaustiva acção à frente desse organismo internacional, com sede em Genebra na Suiça, no verão passado, foi-lhe entregue o Prémio Internacional Calouste Gulbenkian, atribuído ao antigo primeiro-ministro pelo trabalho desenvolvido à frente do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
É-me grato aqui trazer esta notícia, pelos laços de amizade que desde 1990 nos unem, desde os tempos da minha participação nos trabalhos, acções e intervenções parlamentares na Assembleia da Republica, quando Guterres era meu líder parlamentar, e muito depois disso, nas visitas que Guterres vem fazendo em férias à nossa ilha, principalmente para as bandas da Ponta da Ilha.
Entendo ser uma honra para todos nós, sabermos que tão ilustre personalidade mundial, juntamente com sua esposa Catarina Vaz Pinto, preza a convivência com as nossas gentes e elege as límpidas águas das estruturas balneares da nossa costa por essa ilha além, para retemperar forças numas merecidas férias estivais…
Afinal ainda há momentos e notícias que nos motivam, na condução dos nossos percursos de vida, a porfiarmos a nossa prestação social em acções que cimentem os valores da solidariedade para com o nosso próximo.
Voltar para Crónicas e Artigos
|
